terça-feira, 15 de outubro de 2019

A Porra da Dor Prevalece

Deitado nesta cama.
Eu não tenho a mínima vontade de fazer porra nenhuma.
Tudo o que eu gostava.
Tudo o que eu amava e tinha vontade de fazer.
Foi consumido.
As coisas não têm mais cor, as coisas não têm mais graça.
A vida se tornou previsível.
Um cordão linear de mesmices.
Eu quero deixar tudo para trás.
Eu perdi a vontade de fazer muitas coisas.
Um ignorante ri do que ele não entende.
É por isso que estou rindo de tudo.
Estou perdido.
Estou cansado de sempre perder a porra da luta.
Não quero ter que mergulhar nesse clima tenso toda vez que me sento à mesa.
Não quero mais sentir essa insegurança com o meu corpo.
Não posso ser rotulado como ideal.
Me desculpe.
Me desculpe mesmo.
Eu sei que eu já deveria saber.
Eu deveria saber há muito tempo.
Então como?
Droga!
Isso é só a ponta do iceberg.
Droga de vida.
Droga de bairro.
Droga de pessoas.
Droga de situação.
Porra, caralho, eu odeio toda essa merda do cacete.
Eu estou bem.
Apenas me dê um tiro na cabeça e tudo vai ficar melhor.

domingo, 6 de outubro de 2019

04/10/2019

Photo by Sid Balachandran on Unplash
O que diabos ela viu em mim?
Só sei que quando estou do lado dela, eu fico tão nervoso.
A ansiedade explodindo.
As mãos trêmulas.
Nunca vou me esquecer daquela noite.
Sentei ao lado dela.
Nós estávamos sem jeito.
O sentimento era recíproco.
Mas abracei ela.
Beijei ela.
Eu nunca mais quero abrir os meus olhos novamente.
Por quê?
Me senti completo, me senti leve.
Aliviado, pensativo.
Por favor, não solte a minha mão.
Eu estava caído no chão.
Em posição fetal.
Chorando, sendo consumido pela minha dor.
Mas ela me deu a mão.
E matou meus demônios.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Desespero

Créditos da imagem: https://unsplash.com/photos/TDviE-01J_g
Eu estou tentando me tornar alguém que eu não sou.
Eu deixei de fazer tantas coisas.
Eu criei tudo isso.
Sangue fervendo.
Ódio, medo, curiosidade.
Remorso e arrependimento ao meu lado.
As coisas não deveriam ter sido assim.
Você nunca vai descobrir.
Isso tudo vai morrer comigo, eu juro.
As vezes eu gostaria de ter todo o tempo do mundo.
E as vezes eu gostaria de não ter tempo para nada.
A minha luz está se apagando.
Não sei o que está acontecendo comigo.
Não consigo me concentrar, não consigo te esquecer.
Todos os meus desejos estão limitados.
Nunca me acostumo, nunca canso de chorar.
Sem você as coisas se tornam equilibradas.
Tristeza líquida vazando para fora do meu corpo.
Me sinto aliviado, me sinto devastado.
Eu finjo esses sentimentos.
Você finge que acredita.
E eu finjo que acredito. 
Mas as coisas tomaram outras proporções.
E quando eu vi, tudo mudou (novamente).
A ansiedade cresce rapidamente dentro de mim.
Esmaga meu peito, me deixa trêmulo.
Então eu paro e me pego pensando no que eles pensam sobre mim?
Deixei a raiva me dominar.
Falhei com você novamente.
Eu sou um idiota do caralho.
A paisagem é clichê.
O céu é cinzento.
As árvores estão sem folhas.
E a minha dor nunca tem fim.
Não sei como consegui sobreviver tanto tempo sem você.
Por favor, não solte a minha mão.
Eles me falaram que não estou sozinho.
Mas as circunstâncias provaram o contrário.
Por favor, entenda.
Eu não quero mais viver.
Todo dia esta dor cresce.
Todo dia eu choro.
Todo dia eu desejo morrer.
Me esqueça, me perdoe.
Contraditório, complexo.
Tomara que eu morra hoje a noite.
Você não pode provar que eu estou errado.
Ansiando pelo fim.
Nada mais importa.