Só sei que o tempo passou.
O tempo está passando depressa, e ele não espera.
Eu deveria me dedicar mais, eu deveria ser mais interessado.
Mas as coisas não são assim.
Sinto que estou ficando para trás.
Sinto que estou perdendo tempo.
Sinto que estou doente, morto por dentro.
As pessoas passam na minha frente.
E eu olho e lamento, tento lidar com meus fracassos, tento encher o meu coração de motivação.
Mas não funciona, nada dá certo.
O choro preso na garganta, um compilado de sentimentos ruins.
Gabarito o perfil de um perturbado, vejo tudo correr por mim enquanto eu estou parado.
Tento explicar sem sucesso o que há de errado, mas tudo se resume em uma resposta comum: cansado da vida.
Cansado das pessoas, com raiva de tudo, com pena de mim mesmo.
Um buraco na minha alma, uma dúvida na minha mente.
Já não se importando mais com muitas coisas, vivendo por viver.
Sou o preto e branco no colorido, sou a ovelha negra.
Tão clichê, tão frágil.
A noite está fria, o silêncio domina os quatros cantos do meu quarto.
E dentro deste silêncio está a minha mente, uma mente tão barulhenta, tão bipolar.
São tantos poréns, são tantas preocupações e pensamentos que tiram o meu sono.
E no final, tudo o que restou foi apenas uma vaga lembrança, uma vaga lembrança do que um dia eu pude chamar de vida.
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