segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Dia Após Dia

Chego em casa do trabalho, desfaço o nó da gravata, jogo o paletó sobre o cabideiro, me jogo sobre o sofá.
O cansaço toma conta do meu corpo.
Dor de cabeça, problemas, fome.
Antes que eu consiga me levantar eu pego no sono.
Acordo com frio, meio desnorteado.
Vou até a varanda.
Daqui do 12° andar é possível ter uma ampla visão da metrópole.
Já é de madrugada.
A Lua está tão brilhante, tão grande.
Tão grande que parece estar a poucos quilômetros de mim.
Construções altas e cinzentas.
Vejo poucas janelas com as luzes acessas.
Ouço o som que vem de longe.
O som desconsolador da cidade.
Sento, penso, choro.
Acabo com a garrafa de Whisky e caio em sono pesado.
Sonho com o inimaginável.
Acordo atrasado para o trabalho, mas aliviado pelo meu sonho não ser real.
Ouço o som da chuva, vejo o vidro da janela embaçado.
Congestionamento e correria.
Tomo banho e me arrumo, faço tudo em uma velocidade próxima a da luz.
Abro o meu guarda-chuva e caminho pela rua em um mundo preto e branco.
Com graves problemas psicológicos e sem esperança, eu ostento uma feição deselegante.
Coloco a minha máscara de bom-moço e estou pronto para mais um dia falso e horrível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário